Não apenas será positivo, mas pode passar de 1% a alta do PIB no primeiro trimestre. É a aposta de um gigante dos cenários e do mercado, o Itaú Unibanco, que quase triplicou sua projeção, de 0,5% para 1,4% no período. Nossos problemas terminaram? Não tão cedo. Na previsão do banco, deve ser o melhor desempenho no ano.
O motivo é exatamente o gerador dessa variação: a produção agropecuária, que será boa tanto no Estado quanto no Brasil. Na avaliação do núcleo de pesquisa macroeconômica, comandado por Mario Mesquita, ex-diretor do Banco Central, a safra de soja terá alta de 16%, e a de milho, de 46% em relação a 2016. Dada a metodologia do IBGE, que concentra o efeito da colheita no primeiro trimestre, é o período de "maior contribuição positiva", avisam os analistas.
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Mas além da safra, a instituição vê também efeito favorável da produção industrial e estabilização dos serviços. Os analistas do Itaú Unibanco lembram que haverá uma mudança metodológica das séries de vendas do varejo e da receita real de serviços, mas será "pouco relevante" para o período de janeiro a março.
E por ter grande influência de fatores específicos, concentrados no primeiro trimestre, o banco mantém, por enquanto, projeção de alta de 1% para 2017. Mas isso ainda é mais do que o dobro da média do mercado, que segue abaixo de 0,5%. Nas contas do Itaú Unibanco, o PIB do quarto trimestre deve ser revisado de -0,9% para -0,6%.