Com R$ 30,45 milhões de prejuízo em 2015, Paulo Pinheiro, presidente da Brio, que controla negócios no estádio Beira-Rio, do Internacional, avalia que aquele foi um "ano bom". Na marca do pênalti por conta da intenção de venda da participação de sua controladora, a Andrade Gutierrez, a empresa avalia que os maus resultados até agora são decorrência do modelo e do tempo de maturação do negócio.
O negócio da Brio
Doze das 44 lojas externas estão ocupadas. Na área de alimentação e bebidas, 55 das 65 estão locadas. A empresa tem ainda 5 mil cadeiras, skyboxes, camarotes, edifício-garagem e fica com o aluguel do estádio para eventos e shows. Em 2015, essas atividades geraram R$ 8,9 milhões.
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Números inquietantes
Em 2015, o patrimônio líquido era de R$ 48,6 milhões para um passivo de R$ 365 milhões, quase todo resultado do financiamento contraído para bancar a reforma do estádio, que tem 13 anos para pagar. A concessão dos negócios vale por 20 anos, até 2035, diz:
– São números de dois anos. Não dá para esperar retorno a curto prazo para esse investimento.
Planos para o futuro
Neste ano, a Brio deixa uma área locada e vai para o Beira-Rio, reduzindo despesas. O espaço Sunset, que funciona em dias de jogos e shows, está em reforma para operação mais frequente, expandindo o número de operações de cinco para 10, com intenção de gerar mais receita.