Neste ano, há um tema incontornável no Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça): a geopolítica. Trump, Brexit e eleições estão entre os tópicos obrigatórios. Não por acaso, o tema oficial é Liderança Responsiva e Responsável, clara referência à preocupação sobre o avanço do populismo.
Donald Trump não vai, ocupado com os preparativos da posse ou por não querer interagir com o chinês Xi Jinping, que fará a a abertura. Quem representa o Brasil é o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, um rosto familiar aos habitués de Davos.
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A cantora colombiana Shakira será homenageada por ter se engajado em temas de educação e, com isso, melhorado o "estado do mundo". No estudo que antecede os debates, o foco é o desenvolvimento com inclusão. Entre os desenvolvidos, o primeiro país é a Noruega, único com nota média (entre crescimento, inclusão e equidade intergeracional) superior a 6. Além de analisar dados, inclui uma proposta de Davos para "mudar as prioridades da política econômica e responder com mais efetividade à insegurança e à desigualdade que acompanham as mudanças tecnológicas e da globalização".
A conclusão do estudo é de que a maioria dos países está perdendo oportunidades para elevar o crescimento econômico com redução da desigualdade. Diagnóstico: o modelo de crescimento e as ferramentas de medição precisam de um "reajustamento significativo". Entre as propostas, estão treinamento de mão de obra, equidade no acesso a educação básica de qualidade, paridade de gênero, benefícios e proteção do trabalho não-convencionais.