Por trás da maior revenda de produtos Apple na América Latina, a loja-conceito de 600 metros quadrados da iPlace que abre às 16h de sábado no Iguatemi Porto Alegre, está a teimosia de Germano Grings, um dos sócios do Grupo Herval. Por força do contrato com a fabricante de iPhones, iPad e iMacs, Grings não revela o investimento feito na unidade, mas a área, a equipe de 52 pessoas, a exigência de serviço em português, inglês, espanhol e francês, mais a ambição de se tornar um ponto de educação do consumidor, dão sinais do tamanho da ambição.
Para comparar, o padrão médio das lojas da rede é de 150 metros quadrados. O empresário promete "impacto visual" nas novas instalações, que foram customizadas durante a expansão do Iguatemi para obter o efeito desejado.
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E a aposta do Herval não para aí: tem planos de abrir outras duas lojas antes que 2016 termine, uma no dia 24 – sim, a véspera de Natal – no shopping Barra de Salvador (BA), e outra no Morumbi Town, em São Paulo, que assim acentua o sotaque gaúcho – já tem Zaffari e Panvel.
A empresa de Dois Irmãos é mais do que uma revendedora da Apple no Brasil, relata Grings. Tudo começou sob a influência de sua mulher, Nadir, que tem dupla cidadania, brasileira e americana. Frequentava com admiração as lojas da marca da maçã nos EUA quando ficou sabendo que a empresa procurava um parceiro no Sul. Embarcou no dia seguinte e apresentou seu plano: não uma, mas duas lojas de uma vez no Rio Grande do Sul (Porto Alegre e Caxias do Sul). Houve resistência, mas a insistência venceu e, depois de Porto Alegre, a iPlace desembarcou em Florianópolis, Brasília, Belo Horizonte...
– O que eu queria, mesmo, era São Paulo – confessa Grings.
A importância do grupo gaúcho foi crescendo e, em 2012, a iPlace criou o programa Apple Authorized Reseller, que se tornou padrão mundial. No final do ano, a rede vai fechar 104 lojas, e já tem planos para expansão nos próximos três – que não podem ser informados por força de contrato.