A busca por projetos inovadores injeta gás na rotina do gaúcho Egon Barbosa, 46 anos, diretor de negócios emergentes da Coca-Cola Brasil. Uma das atividades do executivo, que trabalha na empresa desde 2000, é explorar produtos bem-sucedidos da marca no Exterior que possam ser adaptados ao mercado nacional. Natural de Santa Maria, Barbosa contou à coluna como são desenvolvidos os processos de inovação dentro de uma companhia já estruturada e com uma das marcas mais conhecidas do planeta. O executivo estará em Porto Alegre nesta semana para o Fórum da Transformação, evento que, neste ano, une o Top e o Congresso de Marketing da ADVB-RS, na quinta e sexta-feiras.
OLHO NO EXTERIOR
Olhamos para o que a empresa já faz em outros países. Por exemplo, se um tipo de café faz sucesso em outro mercado, avaliamos se poderá ser interessante dentro do Brasil. Inovar em grandes companhias é um grande desafio, porque estão voltadas para alta produtividade. Essa dificuldade está relacionada a processos estruturados. Movimentar uma grande empresa para ser ágil exige criação de alternativas, o que assusta muita gente.
NEGÓCIOS DISRUPTIVOS
Pesquisamos como podemos fazer algo disruptivo. Isso surgiu com a criação da área de negócios emergentes. Disrupção vem com processos de experimentação. É o que produz benefícios ao consumidor que ainda não existiam. É uma proposta de negócio diferente. Um exemplo de produto disruptivo foi o primeiro modelo do iPhone. Os aparelhos que surgiram depois tiveram inovações incrementais. Na Coca-Cola, até agora, a maioria dos processos é de inovação incremental.