Ainda antes da compra da Ale pela Ipiranga, a gaúcha RodOil, com origem em Caxias do Sul, percebeu: o mercado estava se concentrando e havia duas alternativas, explica Roberto Tonietto, diretor-presidente da empresa.
– Ou nós crescemos e temos participação relevante no mercado ou vai ficar difícil competir – lembra, sobre os dilemas da época.
O primeiro movimento foi a fusão da Mazp, do Paraná, em março de 2015. Agora, a RodOil segue abastecendo a expansão com atuação em mais três bases de distribuição em Santa Catarina – Chapecó, Lages e Piçarras. As novas se somam às duas já em operação no litoral catarinense (Biguaçu e Guará-Mirim). Há mais duas no Rio Grande do Sul e três no Paraná. O formato é de arrendamento de espaço em estruturas existentes, para não imobilizar capital.
– É a consolidação efetiva na Região Sul, onde já somos a maior rede regional – observa Tonietto.
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A empresa gaúcha é a quarta no mercado nacional, atrás apenas das "três grandes" – Petrobras, Ipiranga e Shell. A médio prazo, adianta Tonietto, a RodOil pretende fazer "novos movimentos" – fusões ou incorporações – que deve representar o avanço da atuação regional para presença nacional. Na avaliação do empresário, o fato de a Ale ter sido absorvida abre para outras concorrentes um mercado em que podem atuar.
Esse movimento em direção às regiões Sudeste e Centro-Oeste será feito no ritmo da construção de estradas, de dois a três anos. A expansão em tempos de crise, detalha Tonietto, tem sido feita aditivando prudência com ousadia, para não comprometer a empresa: fazemos planejamento financeiro detalhado, com controle do peso da dívida na geração de caixa ebitda (dívida/ebitda).