Com a maioria dos índices de inflação claramente em queda – ou moderação –, a alta de preços no segmento de serviços ganhou um parágrafo inteiro na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgada nesta terça-feira. Foi o foco nesse segmento um dos principais motivos da decisão conservadora da semana passada, de uma pequena apara de 0,25 ponto percentual no juro básico.
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Para ajudar a entender as razões, a coluna colheu os percentuais das principais despesas com serviços acumulados em 12 meses até o levantamento mais recente, o IPCA-15. Na ata – não muito maior do que o ''textão'' do comunicado da decisão –, o BC repete que há ''sinais de pausa recente no processo de desinflação''.
O BC voltou a escorregar no banco-centralês, mas o que quis dizer é que os preços vinham se moderando e voltaram a subir. O tom da ata não aplacou as dúvidas dos economistas sobre o tamanho do próximo corte, só reforçou a certeza de que ocorrerá. Em entrevista à Globonews, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, reiterou que o objetivo é baixar a inflação para 4,5% em 2017. Vai ser um desafio à saúde do dragão.