Na semana em que o governo federal anunciou a primeira etapa do Plano de Parceria de Investimentos (PPI), voltou a discussão sobre concessões e privatizações no Brasil. Para ilustrar o debate, a coluna selecionou quatro filmes que mencionam ou são inspirados em excessos, de um lado ou de seu oposto. Ajuda a refletir e a buscar o equilíbrio.
Leviatã (2014)
É um filme pesado, difícil e triste, mas muito interessante. O título é baseado no livro de Thomas Hobbes, que caracterizou o Estado como o monstro marinho mitológico para realçar como é soberano e absoluto. Mostra uma Rússia dominada pelas "autoridades" com poder de vida e morte sobre os cidadãos.
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Quantum of Solace (2008)
Para quem está se perguntando o que um James Bond está fazendo nessa lista, a resposta: a privatização do abastecimento de água de Cochabamba, na Bolívia, é fundamental no enredo. Apesar do olhar estereotipado do país e seus conflitos, alude a um fato de 1999, sob pressão do Banco Mundial. O formato proibia até coleta de água da chuva pelos moradores.
As Invasões Bárbaras (2003)
Canadense de Quebéc, o filme discute o confronto de ideologias entre gerações, o pai que envelheceu acreditando em determinados valores, postos em xeque pelo filho. Põe na berlinda sob esses dois pontos de vista temas como estatização, sindicatos corruptos, polícia preparada e religiosidade. Sim, no Canadá. E tem até paciente hospitalizado no corredor.
1984 (1984)
A identificação ficou meio estranha, mas o filme baseado no livro clássico de George Orwell, 1984, foi lançado no ano em que a história se passa. Projeta um Reino Unido sob regime socialista, controlado com mão de ferro. Para quem não sabe, vem do romance o termo Big Brother, expressão para a rede de câmeras que vigiam os cidadãos e representam os olhos do Estado.