Uma think tank americana está encampando uma campanha mundial para combater o fluxo ilegal de recursos por meio de empresas de fachada. A meta da Global Financial Integrity, organização sem fins lucrativos com sede em Washington, é convencer empresas a divulgar publicamente todos os beneficiários da companhia e atualizar regularmente as informações aos governos locais.
Reino Unido e Ucrânia estão na frente: já implantaram um registro público com mecanismos para checar as informações coletadas. França, Holanda e outros cinco países já se comprometeram a fazer o mesmo. Demais membros da União Europeia, afirmam estudar a regra.
O projeto ganhou ainda outro reforço. A Extractive Industries Transparency Initiative (EITI), entidade que reúne empresas petróleo e mineração de 51 países, se comprometeu a adotar a prática a partir de 2020. Segundo a GFI, todos os anos, US$ 1 trilhão flui ilegalmente para fora das economias emergentes, devido à corrupção e evasão fiscal.
É mais do que esses países recebem em investimento estrangeiro e ajuda externa combinada. Por enquanto, o Brasil está fora do debate.