O mercado reinjetou combustível nas ações da Petrobras. Em sete meses, o valor dos papéis preferenciais da estatal – os mais negociados – triplicou (veja o gráfico). Passou de R$ 4,20 em 26 de janeiro, a mínima deste ano, para R$ 12,55 na última sexta-feira – alta de 198,8%.
Sócio-diretor da Fundamenta Investimentos, Valter Bianchi aponta dois fatores que considera cruciais para o avanço: a recuperação do preço do barril de petróleo no mercado internacional e os desdobramentos do processo de impeachment.
Ainda menciona que o alívio cambial serviu para reduzir o "estresse" na companhia decorrente da altíssima dívida, boa parte da qual é contratada em moeda estrangeira.
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Ao olhar para o futuro, Bianchi sustenta que a evolução do preço das ações dependerá da capacidade da equipe de Pedro Parente, que assumiu a presidência da estatal em maio, para suavizar o nível das dívidas com a venda de ativos.
– Não será a mesma Petrobras. Será menor e com menos expectativa de investimento – pondera.