Uma trajetória iniciada no Rio Grande do Sul ganha visibilidade internacional a partir da abertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira. A empresa que administra o restaurante da Vila Olímpica é a Sapore, fundada por Daniel Mendez, uruguaio que passou dos 11 aos 24 anos no Rio Grande do Sul e conheceu o negócio ao se associar à extinta Puras, de Hermes Gazzola.
– Mantemos um sabor de comida gaúcha – brincou Mendez, ao comentar com a coluna sua identificação com o Estado.
A Sapore havia atuado na Copa do Mundo em apoio à gigante internacional Aramark, mas agora está em panela solo nos jogos do Rio. Já começou a servir 110 toneladas diárias de comida, em quatro refeições – café da manhã, almoço, jantar e ceia – para 17 mil pessoas por turno. Além de ingredientes, foi preciso ''importar'' um chef indiano e um chinês, garantir comida kosher para judeus e halal para muçulmanos – ambas bem separadas dos demais pratos.
A delegação da cozinha chega a 2 mil pessoas. Até agora, o que mais chamou a atenção do empresário é a atração dos atletas por bananas, consumidas “às pencas”. A experiência olímpica vai dar bases para o projeto de internacionalização da Sapore, adianta Mendez. Já na Colômbia e no México, quer avançar neste ano para Chile e Argentina, e talvez Peru, e dar um salto para os Estados Unidos entre 2017 e 2018. Apesar das dificuldades da economia, conta Mendez, a empresa teve alta de faturamento entre 10% e 15% neste ano.
– Perdemos margem, mas vendemos bastante – explica Mendez.