Há mais de uma semana, com o início do governo interino de Michel Temer e seu ministério composto apenas por homens brancos e seu símbolo com representação de número de Estados da década de 1960, o Brasil discute se voltou ao passado ou se está seguindo para o futuro. Para ajudar a refletir sobre os avanços e recuos do tempo, coluna foi buscar clássicos e fronteiriços do tema no cinema.
Feitiço do Tempo (1993)
Clássico sobre o tema, situado no tradicional Dia da Marmota (Groundhog Day é o título original em inglês), em que um egocêntrico apresentador de TV especializado em meteorologia vai à pequena cidade de Punxsutawney para fazer o quadro tradicional e acaba vivendo o mesmo dia várias vezes, até "acertar" a saída.
Amnésia (2000)
Outro cult de Christopher Nolan, não é exatamente sobre estar preso no tempo, mas na própria memória – falta de, no caso. O personagem tenta deixar pistas para si mesmo sobre episódios recentes dos quais não se recorda. É uma aula sobre a diferença entre qual história contar e como contá-la, e mais a coluna não dirá, mas recomenda enfaticamente para quem ainda não viu.
A Origem (2010)
Outro Christopher Nolan na lista – e último, prometemos –, explora a mobilidade e a capacidade de interferir na realidade por meio dos sonhos. Além de um argumento originalíssimo, que exige penso para acompanhar, tem um elenco espetacular e cenários deslumbrantes.
No Limite do Amanhã (2014)
Entrou e saiu discretamente das salas de cinema, mas é um dos filmes de ação mais originais nestes anos dominados por super-heróis. O militar publicitário vivido por Tom Cruise é enviado à linha de frente para combater alienígenas, e, após ser morto, entra em um loop temporal. O mais interessante é ver a evolução do personagem a cada dia repetido.