Foi fechada hoje, definitivamente, a venda das marcas Topper e Rainha, que eram da Alpargatas, a um grupo de investidores liderado por Carlos Wizard Martins, fundador da escola de inglês com seu nome que se tornou núcleo de um grupo. Aos poucos, o empresário foi agregando outras marcas de educação – Yázigi, Skills e Apls, além da Microlins e a SOS Computadores – para formar o grupo Multi, por sua vez vendido para a britânica Pearson em 2013. Ou seja, Wizard sabe monetizar investimentos.
O desafio de Wizard (mago, em inglês, como em Wizard of Oz), será reativar o charme de duas marcas que marcaram a história do esporte no Brasil. A experiência das escolas credencia o empresário, mas o desafio do cenário atual é maior do que era na época do auge dos negócios com diferentes franquias de cursos.
O negócio havia sido anunciado em novembro passado, mas ainda estava pendente de ''determinadas condições precedentes'', conforme comunicado enviado pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A venda é chamada de Operação Brasil e faz parte do processo de venda de ativos da Camargo Corrêa, uma das empresas envolvidas na Operação Lava-Jato, que é a maior acionista da Alpargatas.
Além da venda total das operações no país, o negócio envolve a venda de 20% das operações na Argentina e um contrato de licença para uso da marca Topper por até 15 anos, nos Estados Unidos e China. A Alpargatas recebeu a primeira parcela do preço de compra da Operação Brasil, no valor de R$ 24,4 milhões.
A segunda parcela, de igual valor (corrigido, claro), será paga em 90 dias.