Depois de uma reação inicial de quase pânico à decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o mercado se tranquilizou. A sensação de calma, que começou a ser desenhada já no início da tarde, consolidou-se com as primeiras informações de que o Senado ignoraria a decisão e se confirmou com a manifestação de Renan Calheiros (PMDB-AL).
Quando faltava pouco para o meio-dia, assim que a medida foi divulgada, a bolsa chegou a cair por volta de 3%, e o dólar disparou quase 5%. A informação sobre a decisão de Maranhão não chegou a virar o ânimo porque a bolsa já operava em leve baixa e o mercado de câmbio, em leve alta, influenciados por dados do Exterior.
Assim que a informação chegou aos operadores, houve forte queda da bolsa, seguida de intenso sobe-e-desce, e acentuada alta no câmbio, serenada pouco mais de uma hora depois. O dólar chegou a roçar os R$ 3,70, mas voltou ao que o BC e o mercado parecem ter combinado como patamar de estabilidade, em torno de R$ 3,50. O fechamento foi em R$ 3,52. Com intensa repercussão no Exterior da decisão do presidente interino da Câmara, a percepção de risco do Brasil, medida pelo prêmio do Credit Default Swaps (CDS), chegou a subir durante o dia, mas também refluiu no fechamento.