Enquanto o mercado financeiro alterna pessimismo, como na segunda-feira, e de quase euforia, como nesta terça, a economia real segue encalhada e sem perspectivas de recuperação a curto prazo. A Serasa Experian mostrou dados da queda da demanda de crédito por parte das empresas brasileiras em março.
Segundo economistas da entidade, a menor procura decorre das indefinições sobre o futuro política econômica – com qualquer governo –, do aprofundamento da recessão e das taxas de juro elevadas.
A redução da demanda não é novidade no cenário. Desde o ano passado, a Serasa verifica quedas no indicador. O mais preocupante é o fato de a procura menor ser registrada no início do ano, época em que, em tese, as empresas estão iniciando a produção do restante do período – no balanço do primeiro trimestre, demanda das companhias por crédito recuou 9,3% em relação ao mesmo intervalo de 2015.
Na média dos primeiros três meses, a retração da procura das indústrias foi a maior, de 11,2%. No comércio, a queda foi de 10,4%, e nos serviços, de 7,8%.