Marta Sfredo
Se a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) já mobilizava a arquibancada econômica até esta terça-feira, a virada de jogo aos 47 minutos do segundo tempo, ou seja, no dia em que começa a avaliação do cenário, eletrizou as torcidas. Ao divulgar nota sobre a revisão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o tamanho da queda do PIB do Brasil neste ano, de 1% para 3,5%, o presidente do BC, Alexandre Tombini, adotou “medidas sem precedentes para época sem precedente” (George W. Bush no anúncio de medidas anticrise, em 2008). Em vez do silêncio, escolheu dar sinais. Em vez de controlar a inflação, prefere não aprofundar a recessão.
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