A primeira da série de balanços de 2015 e projeções para 2016 das entidades empresariais gaúchas foi aberta agora há pouco pela Fecomércio-RS. O presidente da federação, Luis Carlos Bohn, avaliou que o Brasil vive a maior recessão desde a década de 1930, mas que os empresários estão habituados a dar "dois passos para trás para planejar os passos para a frente".
Consultor econômico da Fecomércio-RS, Marcelo Portugal apresentou suas projeções para 2016: queda no Produto Interno Bruto (PIB) de 2%, tanto no Brasil quanto no Estado, e dólar chegando a R$ 4,15 no final do ano. Portugal, que disse estar mais otimista com as perspectivas há duas semanas, explicou que essa estimativa para o dólar já leva em conta a perda de mais uma nota em grau de investimento pelo Brasil, que considera "inevitável".
Na avaliação de Portugal, nas médias de desempenho do comércio e dos serviços, no Brasil e no Estado, nada indica que tenha sido atingido o fundo do poço. Mas o economista acabou se manifestando sobre um tema que gerou controvérsia neste ano, o da atualização da relação cambial entre dólar e real. Portugal chancelou o cálculo que situa o valor de R$ 3,99 atingido em 2002 para R$ 6,50 atuais, por conta das inflações brasileira e americana. E, convocado pela assessoria da Fecomércio a dar boas notícias, o economista só encontrou uma:
– A única boa notícia para 2016 é que a inflação vai subir menos.