Realizada em plena crise do segmento no país e no Estado, a quarta Feira do Polo Naval, terminou na quinta-feira à noite, em Rio Grande, com um anúncio inevitável: uma assembleia geral extraordinária mudou o estatuto do Arranjo Produtivo Local do Polo Naval, que agora passa a se chamar Arranjo Produtivo Local do Polo Naval e de Energia. A expectativa na cidade, agora, é sobre a construção da usina térmica abastecida a gás, capitaneada pela Bolognesi Energia.
Quem acompanha o projeto avisa que será necessária uma reestruturação em decorrência da alta do dólar. Assim como todas as empresas que venceram o leilão de energia no final do ano passado, a Bolognesi sofreu duro impacto cambial. O contrato com o governo federal é indexado pelo IPCA, mas cerca de 60% dos custos variam com a cotação do dólar, que subiu cerca de 50% desde novembro do ano passado em relação ao real. A conta é difícil de fechar.
Uma consequência é quase certa: a intenção de antecipar a operação para meados de 2018 está comprometida. O compromisso da empresa é começar a entregar energia em janeiro de 2019. Até agora, há sinais de que será possível.