Em Rio Grande, os rumores sobre um suposto acordo entre Petrobras e QGI Brasil para levar toda construção e montagem das plataformas P-75 e P-77 para a China nem fizeram muito estrago. Claro que deixaram muita gente apreensiva, especialmente trabalhadores que contam com a abertura de postos de trabalho em algum momento. O impacto foi amenizado porque o prefeito Alexandre Lindenmeyer (PT) havia anunciado, há cerca de 10 dias e meio por conta e risco, as operações na cidade.
Mas como sempre é bom separar boato de fato, a coluna foi apurar e descobriu que os últimos apoiam a versão do prefeito - e da empresa, que embora não oficialmente, nega a versão 100% China. Há poucos dias, o canteiro da empresa em Rio Grande recebeu os flares das duas plataformas.
Esses equipamentos são gigantescas estruturas em formato de torre que queimam o excesso de gás proveniente do pimeiro processo de tratamento do óleo extraído e estão presentes em todas as plataformas.
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Cada flare tem mais de 70 metros de altura. Juntos, pesam mais de 144 toneladas. As estruturas foram produzidas na Turquia e desembarcaram em Rio Grande neste mês em operação que não foi divulgada, provavelmente por conta da negociação. Empresa e Petrobras não comentam. Mas para não deixar dúvidas, a coluna obteve uma foto da peça com uma pessoa que participou da operação no Porto de Rio Grande. Um naco do contrato até pode ir parar na China, mas algo ficará em Rio Grande.
