As retransmissões da Copa Sul-Americana de 2008, que terminou com conquista do Inter diante do Estudiantes, provocam as lembranças daquele time treinado por Tite. Se o gol do título foi marcado por Nilmar, outro jogador de números e história ricos no clube, outro jogador merece um devido destaque não só pelos longos serviços prestados, mas sim pela temporada exuberante que fez naquela oportunidade: Alex.
Um dos artilheiros daquela Sul-Americana com cinco gols marcados, Alex foi adiantado como um segundo atacante ao lado de Nilmar. A saída de Fernandão e a chegada de D'Alessandro influenciaram a decisão tomada por Tite de aproveitar mais o poder de finalização do meia no setor ofensivo. A medida potencializou ainda mais a boa temporada do jogador, que já tinha 13 gols no Gauchão, três na Copa do Brasil e um na Copa Dubai.
Alex fez jogos memoráveis pelo Inter naquele ano, como nas vitórias sobre o Boca Juniors. O camisa 10 anotou os dois gols no 2 a 0 do Beira-Rio e também deixou o seu no triunfo por 2 a 1 na Bombonera. Teve atuação luxuosa também na goleada de 4 a 1 no Gre-Nal do Brasileirão, diante de um Grêmio que brigava para ser campeão.
Não seria absurdo pensar em Alex como um ótimo candidato a Rei da América de 2008, visto que Verón, vice-campeão da Sul-Americana, ficou com a premiação do jornal El País, do Uruguai, seguido por Riquelme, do Boca Juniors, e Salvador Cabañas, do América. Os destaques da Libertadores daquele ano sequer figuraram na lista: Guerrón, da LDU, ou Thiago Neves, do Fluminense.
E não dá pra esquecer que Alex marcou incríveis 32 gols na temporada de 2008. Para se ter uma ideia do tamanho da estatística, Everton, do Grêmio, e Paolo Guerrero, do Inter, fizeram 20 gols cada em 2019, terminando o ano como artilheiros da dupla Gre-Nal. Aliás, há outro detalhe importante: ele foi convocado para a Seleção Brasileira.
Alex com a camisa do Inter
- 323 jogos
- 78 gols (32 deles em 2008)
- 12 títulos (Mundial, Libertadores, Recopa, Sul-Americana, Gauchão 6x, Recopa Gaúcha e Dubai Cup)