Quem influencia você? Nas últimas semanas, alguns “influenciadores”, com milhões de seguidores nas redes sociais, foram alvo de investigações, e alguns até presos! A prática criminosa mais comum é enganar quem confia nele. Ou seja: induzir o seguidor que o acompanha a entrar em roubadas: comprar coisas que nunca são entregues, fazer apostas em jogos de azar e outras coisas.
Em resumo, esses “influenciadores” em nada acrescentam pra vida de ninguém. Muito amigo, hein, aquele que te vende ar-condicionado e te deixa no prejuízo. Ou aquela que te incentiva a apostar teu dinheiro suado num joguinho que vai te fazer viciar. E tem também aquela rifa que nunca premia ninguém de verdade.
Esse bando de gente não pode dormir tranquilo. Mas a discussão e a reflexão que proponho aqui hoje é diferente. Que tal a gente aproveitar essa onda de “influenciadores desmascarados” para repensar em quem a gente se inspira, confia, segue? Que tal dar uma olhadinha no seu perfil das redes, revisar alguns conteúdos que têm aparecido, deixar de acompanhar gente que não te acrescenta em nada?
Isso faz bem! O bloqueio do X (ex-Twitter) pra mim foi importantíssimo – não vou entrar no mérito e na briga do bilionário com o ministro. Pouco me importa. O fato é que aquele ambiente estava tóxico demais. Eu via todos os dias comentários extremamente radicais, xingamentos e muita polarização em temas que exigem conhecimento e conversas maduras.
Deixar de ler aquilo tudo tem feito muito bem pra mim. Existem muitos lugares saudáveis e férteis pra gente discutir ideias. Eu mesmo, aqui na coluna, já disse que adoro quando alguém contraria algo em que eu acredito! Mudar de opinião é incrível. É sinal de mudança, amadurecimento, de ciclo que vai adiante, de vida. Mas existem meios de fazer isso e não ofender ninguém, de discordar sem deixar de ser amigo, de olhar as situações por um prisma diferente, e está tudo bem.
É tão mágico ter acesso a tanta informação, de tantas fontes. Vamos aproveitar a internet, as redes sociais, as múltiplas possibilidades de aprender, compartilhar, crescer. Só que pra isso a gente tem que ter atitude: sair de ambientes tóxicos e fazer com que esses influenciadores ruins desapareçam. Acho bizarro que uma pessoa dessa, depois de tudo que se descobre, ainda tenha milhões de seguidores.