Poucas vezes vi um fim de ciclo tão claro quanto o de Renato no Grêmio. O trabalho dele é ruim, mas ele ainda não entendeu isso.
Avaliar o trabalho de um profissional vai muito além de adjetivar a capacidade. Que Renato é bom técnico eu não tenho dúvidas, mas neste ano o trabalho desenvolvido no Grêmio é insuficiente. A campanha no Brasileirão e as eliminações na Copa do Brasil e Libertadores estão muito mais na conta de Renato do que na enchente.
O mês de outubro se avizinha e o Grêmio ainda não encontrou o equilíbrio do time. Segue sendo facilmente vazado porque marca mal e isso vai além do goleiro ou zagueiros. Aliás, a cada dupla de zaga montada, os problemas se repetem. É desencaixe, marcação distante e transição lenta.
Renato fala muito da enchente e dos prejuízos que clube e time tiveram. É fato. Mas as derrotas e o pouco futebol passam muito mais por escolhas dele. As escalações incompreensíveis nas Copas que o digam. Desde que voltou para a Arena, o time piorou. Em três jogos em casa só ganhou uma e sofreu sete gols, apesar de semanas inteiras para trabalhar.
E há ainda os embates de Renato nas entrevistas coletivas. São manifestações repetidas e vazias que nada acrescentam na avaliação dos jogos. Renato precisa entender que faz um trabalho ruim e que, na coletiva, ele responde ao torcedor as razões para o time jogar pouco e sofrer tantos gols. O fim de ciclo de Renato se aproxima.
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