As três últimas derrotas do Grêmio fora de casa foram pesadas, constrangedoras. Em São Januário foi derrotado para o então lanterna Vasco. Lá, Renato falou em falta de foco e atenção. Na Vila Belmiro sofreu a virada do Santos, e a justificativa foi outra vez a falta de atenção. Para tentar explicar a derrota para o Bragantino, que abriu 2 a 0 no primeiro tempo e diminuiu o ritmo na segunda, Renato falou em falta de competividade dos jogadores.
As entrevistas falam pouco, explicam quase nada. Afinal de contas, por qual razão o Grêmio não compete ou perde a atenção fora de casa?
Em Bragança Paulista, nada deu certo. O Grêmio se preparou mal para o enfrentamento. Sabia da velocidade do time adversário, mas nada fez para conter os avanços de Helinho, o mesmo que infernizou a defesa do Grêmio no jogo do primeiro turno, na Arena.
Renato não montou estratégia para dar cobertura aos laterais, por exemplo. Nas trocas que fez, empilhou atacantes e esvaziou o meio-campo. O Grêmio fez um esforço para escalar os selecionáveis e manter o esquema que vinha dando certo, mas os esgotados Pepê e Carballo não conseguiram parar o adversário, que atacou a noite toda pelos lados do campo.
Talvez a exigência e cobrança no Grêmio sejam demasiadas. É provável que o potencial do elenco seja de fato brigar por vaga na Libertadores. Mas é preciso explicações mais convincentes para justificar um desempenho tão fraco fora de casa.