Não vi falhas do goleiro Keiller nos gols sofridos pelo Inter diante do Nacional, quarta-feira (3), no Beira-Rio. O primeiro foi um chute forte, baixo e a poucos metros do goleiro. O segundo é uma bola em que o atacante uruguaio consegue cabeceá-la entre os dois zagueiros colorados.
O que há, claramente, é um problema defensivo no time. É um ajuste que precisa ser feito em todo o setor, já que o Inter já havia sofrido gols assim contra Caxias, Independiente Medelín e CSA. Vejo insegurança no Keiller, isso sim. Falhas no jogo contra o time uruguaio, não.
A bola área defensiva do Inter é um problema crônico na temporada. Contra o Caxias, no Beira-Rio, Bustos foi driblado duas vezes por Jean Dias antes do cruzamento para o gol de Eron, às costas de Mercado. Contra o Medellín, outra vez Mercado foi superado no alto no gol dos colombianos.
Diante do CSA, na partida de ida, a bola não chegou pelo alto, mas Vitão foi facilmente batido no giro do atacante Gabriel Taliari. Contra o Nacional, o gol foi parecido com o sofrido para o Caxias. Bustos marcou à distância o jogador que cruzou a bola para mais um gol de cabeça.
É um problema de todo o sistema defensivo. Do lateral e volantes que permitem avanços, do posicionamento dos zagueiros e da insegurança do goleiro. É, portanto, um problema urgente a ser resolvido.
Em 2023, Bustos joga muito menos do que na temporada passada. Mas a queda mais assustadora de rendimento é a do zagueiro Vitão, um dos principais avalistas na campanha do vice-campeonato brasileiro. Sobre goleiro, eis uma posição que requer confiança e continuidade. Penso que o correto seja fazer o ajuste defensivo necessário e manter Keiller como titular.