Diego Aguirre resumiu muito bem o momento do Inter, após o chocolate de 4 a 0 aplicado no Flamengo de Renato Portaluppi no domingo (8). Com razão, o treinador afirmou que as coisas estavam tão ruins, quando o Inter não ganhou algumas partidas e que agora, nem tudo está perfeito, depois do desempenho luxuoso dentro do Maracanã.
A lembrança para o contraponto é a atuação muito fraca contra o Cuiabá. Por isso, como Aguirre alertou, não dá para se deslumbrar. É necessário achar um meio termo. Dificilmente, vai se repetir o banho de bola mostrado do Rio de Janeiro. Assim como, a inexplicável falta de vontade da equipe durante os 90 minutos na última partida no Beira-Rio voltará a acontecer.
Simplificar o esquema de jogo foi o grande mérito da ideia de jogo de Aguirre. Reagir a proposta do Flamengo. É o jeito que o grupo do Inter funciona melhor. Assim como Abel Braga cansou de fazer na temporada passada com grandes resultados. Uma sequência de vitórias históricas, que levou a um improvável vice-campeonato. E o título do Brasileirão não veio por um detalhe.
Contra o Fla, Edenilson e Patrick voltaram a atuar onde rendem mais. Até mesmo a dupla Dourado e Lindoso - que critiquei aqui em GZH - deu certo no Rio de Janeiro. Mas não acredito que funcione a longo prazo. Taison deve seguir com mais liberdade para ficar perto de Yuri Alberto. Bruno Méndez não inventa na zaga. Em resumo, não há problema em atuar, sem propor o jogo.