Somente na base da superação extrema no jogo de volta na Bombonera, o Inter pode almejar eliminar o Boca Juniors da Libertadores. Os argentinos ampliaram o favoritismo e jogam por qualquer empate no jogo de volta.
No início da partida, o Colorado até demonstrou vontade, diferentemente do que exibiu contra o Atlético-GO. Faltou qualidade. Nos primeiros minutos, teve chances com Patrick e Lindoso. Na sequência, o Boca equilibrou o confronto e esteve perto de abrir o marcador com Villa em duas oportunidades.
No intervalo, o técnico interino, Leomir de Souza, trocou D’Alessandro por Maurício. A única explicação para troca é o desgaste do gringo pelo gramado pesado por causa da chuva. Logo no início da etapa final, o Inter conseguiu pressionar e criar chances. Não converteu. A situação complicou de vez, com uma falha grave da defesa pelo lado esquerdo com Uendel e Zé Gabriel e, na qualidade de Tevez, o Boca Juniors abriu o marcador.
O Colorado sentiu o baque do gol sofrido. Passou por um momento de grande instabilidade na partida. Conseguiu na bola parada, com uma pancada na trave, após uma cobrança de falta feita por Leandro Fernández, que entrou no lugar de Yuri Alberto.
Quase saiu o empate. Mais tarde, Patrick ainda perdeu um gol na cara de Andrada. Lomba também fez defesas importantes para evitar um placar maior.
No geral, algumas individualidades coloradas estiveram muito abaixo da necessidade. Zé Gabriel está sendo exposto com a sequência de maus desempenhos na zaga. Lindoso e Uendel também não foram bem. Heitor sofreu nas investidas pelo lado esquerdo do ataque argentino.
E Thiago Galhardo, goleador da temporada e que já foi muito elogiado, não vive um bom momento vestindo a camisa colorada. A desvantagem do Inter para decidir na Bombonera é enorme. Complicou demais.