Com inúmeros casos de covid-19 no elenco, o Santos apresentou uma escalação de emergência na Vila Belmiro. Foi o suficiente para bater o Inter por 2 a 0. Abel Braga colocou Maurício e Rodrigo Dourado como as novidades para começar a partida. O volante aproveitou para ganhar mais rodagem. Não comprometeu, vai virar titular. Já o guri, que veio do Cruzeiro, na primeira chance de começar como titular foi apenas discreto. Vai precisar de tempo, qualquer crítica é injusta. Ambos precisam de mais chances.
Os problemas do Inter na Vila Belmiro começaram com a lesão de Edenilson, após dividida com Felipe Jonatan. A função que o volante executa no meio-campo, com sua intensidade, de área a área, faz muita falta ao time. Lindoso entrou no jogo, mas tem característica diferente.
Marcos Guilherme precisa entregar mais futebol para ser titular. Só vontade não resolve. No primeiro tempo, pouco o Colorado ameaçou a meta do goleiro John.
Na etapa final, o Inter até começou um pouco melhor. Logo, no entanto, caiu de produção. Abelão demorou muito para colocar Yuri Alberto — só fez a troca entre os atacantes quando Abel Hernández saiu com lesão muscular. O uruguaio pouco fez enquanto esteve em campo.
Fiquei com a impressão de que Marcelo Lomba, que tantas vezes salvou o Colorado, falhou no lance do 1 a 0, na falta cobrada por Ivonir pelo lado esquerdo. Rodinei teve uma péssima jornada, e o segundo gol do Peixe saiu após jogada errada do lateral-direito.
Aos 31 minutos do segundo tempo, a troca tripla feita pelo treinador colorado com Praxedes, D'Alessandro e Leandro Fernández pouco mudou o panorama da partida.
É evidente a queda de rendimento do Inter, que vem desde a derrota para Corinthians, empate para o Coritiba em casa — ainda com Eduardo Coudet no comando — e resultado negativo contra o América-MG, pela Copa do Brasil.
E o que fica do péssimo desempenho contra o Santos é que Abel Braga terá muito trabalho para que o Inter reencontre o seu futebol, que ficou pelo caminho.