O treinador gremista já deixou claro que gosta de montar um esquema de jogo com o articulador do meio-campo. Só utilizou os três volantes – Lucas Silva, Maicon e Matheus Henrique – quando não podia contar com Jean Pyerre e Thiago Neves. Com a recuperação do guri, depois de um longo período parado por lesão, é importante dar confiança e sequência. Contra o Vasco, Jean Pyerre acabou sendo substituído por Thiago Neves antes da metade da etapa final. A equipe teve queda de rendimento. Vieram duras críticas.
Com tudo isso, fica a questão: o que fazer com Thiago Neves? Para dar resposta, ele precisa estar em campo. Antes da parada pela pandemia no mês de março, o camisa 10 entrou no decorrer de quatro partidas. Duelos contra Esportivo, Aimoré, Gre-Nal e Caxias. Iniciou como titular em três: Juventude, Pelotas e São Luiz.
Com o retorno das atividades, pelo Brasileirão ele foi a campo somente no segundo tempo nas partidas com Fluminense, Ceará, Flamengo e Vasco. Marcou apenas um gol no ano, contra o São Luiz. Especificamente, no lugar de Jean Pyerre, só entrou contra dois últimos os cariocas que o Grêmio encarou.
Mas já é o momento de desistir de contar com o meia como opção? O próprio Renato Portaluppi falou na entrevista coletiva, após o empate com o Vasco, que precisa rodar o grupo, ter todos os atletas à disposição. Sem fardar, como Thiago Neves vai mostrar serviço? Seria a hora de desistir? Analisando os números, penso que ainda é preciso ter um pouco mais de paciência. Não dá para demonizar o jogador. Sem entrar em campo, realmente, ele não vai melhorar. É um problemão para Renato resolver.