O Juventude colocou Coudet contra as cordas em março e o nocauteou em julho. O técnico não resistiu à série de cinco jogos sem vencer e à derrota de 2 a 1 no jogo de ida das oitavas da Copa do Brasil. O que parecia inimaginável, pela relação do técnico e do presidente Alessandro Barcellos, aconteceu na noite fria e dura por mais um tombo.
Mais do que o resultado, o rendimento acabou por derrubar Coudet. O Inter teve mais uma atuação previsível. O time foi lento, marcou à distância e em nenhum momento encaixou seu jogo com o do Juventude. Era nítida a falta de embocadura. Barcelos explicou a saída do técnico pela necessidade de mudar o perfil do técnico e das suas ideias diante das dificuldades impostas pelo contexto pós-enchente, com jogos acotovelados, jogadores desgastados. O que atrapalhou que o técnico implantasse sua ideia de jogo, de alta pressão, de intensidade.
Porém, esse desalinho já vinha de antes da enchente. O Inter montou um grupo com jogadores de características distintas a essa alta intensidade que marca o jogo de Coudet. Há muitos nomes acima dos 30 anos, de qualidade, mas sem lastro para jogar nesse nível de energia. Alguns, precisam ser preservados com frequência ou não conseguem terminar o jogo, justamente por esse grau de exigência física.
No sábado, o técnico em Caxias será o do sub-20. Isso porque o Inter prescindiu do auxiliar fixo. Aliás, a estrutura de vestiário também acabou sem figuras do organograma que estavam previstas e que ajudavam no debate interno. Esse é um ponto que precisa ser revisto.
Barcelos justificou a decisão por sentir do grupo a perda da conexão com o técnico. Esse processo começou, podem apostar, começou lá naquela noite de 25 de março. E terminou nesta quarta.