Mais uma sessão de gala. Mais um banquete. O futebol, só ele, é capaz de colocar a Restinga numa cabeceira de mesa da Champions League em Paris. Raphinha, o guri da Tinga, foi o grande nome do 3 a 2 do Barcelona sobre o PSG. Fez dois gols, saiu com o troféu de melhor jogador da partida e colocou seu time a um passo da semifinal.
Raphinha nunca havia marcado gols em Champions. Está em sua segunda. Pois foi desencantar na hora certa. Foi dele o primeiro, que colocou os catalães na frente. O PSG virou em dois minutos, na abertura do segundo tempo. Raphinha foi lá e, em voleio, fez o 2 a 2. Christensen, aos 32, saiu do banco para, no primeiro toque, fazer o 3 a 2. Um empate basta no Olímpico de Montjuic na próxima quarta-feira.
C'est Raphinha
A vitória em Paris confirmou o crescimento do Barcelona. O começo de temporada vacilante e com questões internas começou a ser desanuviado pouco antes do Natal.
A partir do anúncio de Xavi de que deixaria o cargo ao final da temporada, coincidência ou não, o time encaixou. As vitórias começaram a vir. Mesmo que, em alguns jogos, com atuações opacas.
A última derrota foi em 27 de janeiro. São nove vitórias e três empates. Nesse período, Xavi foi perdendo titulares por lesão e buscando soluções. Como Cubarsí, 17 anos, na zaga, Christensen de volante, João Cancelo de lateral-esquerdo, além da afirmação de Lamine, 16 anos.
Em Paris, ele começou a ganhar reforços importantes. De Jong, o maestro do time, atuou quase o tempo todo. Pedri, recuperado de lesão muscular, entrou em seu lugar e precisou de poucos minutos para criar a jogada do segundo gol de Raphinha.
O PSG, por sua vez, parece viver com Mbappé a frieza comum nos fins de relacionamentos. No Parc des Princes, bem vigiado, o craque pouco ameaçou. Quem teve lampejos foi Dembelé, ex-Barça. Além dos ótimos Vitinha e Ruiz e da dupla de zaga da Seleção, Marquinhos e Beraldo. Uma jornada opaca naquela que pode ter sido sua despedida do Parc des Princes em jogos da Liga.