O Grêmio passou a adotar, desde 2023, um contrato padrão para a gurizada que vem de Eldorado. Ninguém ganha um contrato polpudo já na largada. Há um ponto de partida, com pequena variação entre cada caso, e um plano de metas a serem atingidas. O primeiro salário fica na casa de R$ 20 mil. Se as metas estabelecidas forem batidas, pode chegar rapidamente a R$ 100 mil.
No último sábado (17), depois do 6 a 2 no Santa Cruz e de mais uma atuação destacada de Gustavo Nunes, Renato voltou a criticar a postura de empresários na negociação das renovações de contratos de guris do sub-20 e nos planos do técnico. Há uma postura firme da direção, reforçada pelo técnico.
Sem ampliar o contrato nos moldes estabelecidos pelo clube, nada de promoção. Gustavo Nunes prorrogou até 2028 e ganhou minutos contra o São Luiz e duas partidas inteiras, contra Ypiranga e Santa Cruz. Assim, o guri já está atingindo o primeiro objetivo, que é atuar 225 minutos. O acordo com os guris prevê gatilhos ainda com 300 minutos em campo, 500 e 900. Há outros pontos, como gols e convocações.
Quando essas metas são todas atingidas em um curto espaço de tempo, fica claro que não se está diante de uma promessa, mas de realidade. Assim, se inicia a segunda etapa do projeto, que a valorização do garoto em um contrato já nos padrões do grupo principal. Nathan Fernandes, por exemplo, está nessa transição.
Um outro ponto estabelecido pela direção é de encaminhar a saída de garotos, cuja idade de sub-20 estourou sem que fossem absorvidos pelo grupo principal. O clube os libera e mantém percentual dos direitos. Assim foram Thomás Luciano, Lucas Kawan, Pedro Clemente e, mais recentemente, Zinho, todos em negociação com clubes portugueses, mercado de entrada na Europa.