Há um desconforto de clubes pesados dentro da Libra com a postura do Flamengo. A coluna Panorama Esportivo, do jornal O Globo, noticiou, nesta quarta-feira (12) que a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, tem confrontado o presidente do clube carioca, Rodolfo Landin. Cobra dele um pensamento mais coletivo para que a Liga saia das salas de reuniões e do papel.
Em entrevista concedida ao Programa do Bial, da TV Globo, Leila reafirmou a cobrança ao Flamengo. Disse que Landin não pode ser considerado um empecilho para a criação da Liga "porque o Flamengo não joga sozinho". A presidente cobrou ainda o fim da vaidade e o entendimento de que é preciso pensar de forma coletiva para que todos os clubes ganhem mais.
A reação de Leila subiu o tom, principalmente, pelo fato de que os clubes da Libra fecharam questão em relação à cláusula de estabilidade para Flamengo e Corinthians. Por ela, os dois mantêm por cinco anos a garantia mínima de PPV com a qual contam hoje, no contrato com a Rede Globo. Esse, inclusive, é um dos pontos de forte discordância da Liga Forte Futebol coma Libra. Segundo a LFF, a proposta da Libra apresenta um cenário em que 38 clubes correriam risco na busca de receitas numa Liga Unificada e apenas Flamengo e Corinthians estariam numa zona de segurança.
Na próxima semana, os dois blocos devem se reunir mais uma vez para discutir a unificação. Nesta semana, os técnicos dos dois lados tiveram encontros para aproximar números e propostas. A Libra tem uma proposta do fundo Mubadala, dos Emirados Árabes, em que há exigência de que se tenha os 40 clubes das Séries A e B numa mesma Liga. A Forte Futebol tem proposta do Serengeti Group para os 26 clubes que fazem parte dela e para os 40. Aliás, faltam apenas Inter e ABC aprovarem a adesão à oferta da Serengeti.