Em 48 horas, o Inter saltou duas etapas na Copa SP. Na sexta-feira à noite, havia vencido o Aster, do Espírito Santo, por 4 a 2. Na noite de domingo, superou o Ska Brasil, de São Paulo, nos pênaltis, e chegou às oitavas de final. Enfrentará o Ituano, outro clube-empresa. Aliás, esta edição da Copinha mostra um novo cenário no garimpo de jogadores, com a invação dos times com donos.
O Aster pertence a uma empresa de projeto arquitetônicos para estádios e CTs. O Ska, ao pentacampeão Edmílson, em sociedade com investidores japoneses. O Ituano tinha, até pouco tempo, Juninho Paulista como seu gestor.
Os cinco primeiros jogos mostraram alguns valores neste Inter em busca do hexa da Copa SP. Matteo Amoroso, 20 anos, é o nome mais conhecido por ser filho de Amoroso e pela rodagem na Europa, onde defendeu Granada-ESP e Udinese. Desde 2021 no Inter, Matteo já renovou contrato e, como estourou a idade de sub-20, deve ser integrado na volta da Copinha. Meio-campista moderno, chegou como meia-atacante, passou a ser usado como volante e vem atuando como meia aberto pela esquerda.
Outro destaque é Tortello, meia central com características de camisa 10. Na sexta-feira, o guri fez dois gols, um deles de falta. Pedro Tortello tem 18 anos e chegou ao Inter em maio de 2021. Veio do Botafogo-SP com status de quem já havia atuado em quarto partidas pelo time principal, no Paulistão, com 16 anos. Teve participação importante na conquista do Gauchão Sub-17 e deslanchou nos últimos meses no sub-20.
Tortello tem contrato até julho e será preciso comprar seus direitos para que siga no Beira-Rio. Outros destaques na Copinha são o lateral-esquerdo Rangel, 18 anos, o meia pela direita Lipe, 18, e o centroavante Vinícius Souza, que completa 20 anos em março. Baiano, ele foi descoberto na Copa SP de 2022, depois de fazer quatro gols pelo Canaã.
O ADEUS AO DOUTOR RESENHA
O futebol perdeu neste domingo (15) um dos seus sorrisos mais fáceis e sinceros. O médico e fisiologista Luiz Crescente acabou vencido por um câncer contra o qual lutava havia algum tempo. Convivi com o Dr. Crescente, como o chamávamos, por mais de duas décadas.
Era craque na sua área e um sujeito de facílimo trato. Não à toa era o fisiologista da Seleção até pausar tudo para cuidar da saúde. Convivemos de forma mais próxima lá em Sochi, durante a Copa da Rússia. No ambiente da Seleção, pela conversa fácil e pelas histórias que contava, ganhou dos jogadores o apelido de Dr. Resenha. Toda a força à família. A imagem dele que ficou no universo do futebol é de um sujeito de alto astral e de uma competência ímpar.