A Coreia do Sul foi eficiente, disciplinada e perseverante. Por isso, venceu Portugal por 2 a 1, de virada, e enfrentará o Brasil nas oitavas. Falta muito futebol para a Coreia do Sul. Há um grande jogador, Heungmin Son, e um exército obediente, que cumpre bem todas as etapas do jogo, mas falha quando precisa conectá-las e transformá-las em algo encadeado. Foi assim do primeiro ao último minuto no Education City, no começo desta noite. A exceção veio no único lance em que Son fez o que está acostumado no Tottenham. Ele desequilibrou e prorrogou a estada dos coreanos no Catar.
Nem mesmo o fato de Fernando Santos colocar em campo um time praticamente reserva fez com que os sul-coreanos fossem protagonistas do jogo. Apenas nos últimos 20 minutos, quando o adeus à Copa ficou mais latente e Paulo Bento mexeu na equipe é que se viu um jogo mais agudo, com preocupação ofensiva prevalecendo em relação à defensiva. Há alguns bons valores na equipe, como o centroavante Gueseung, de 1m88cm, do Jeonbuk Hyundai, o zagueiro Kim Younggwon, 1m86cm, do Ulsan Hyundai, e o meio-campista Hwang Inbeom, do Olympiacos, da Grécia. Paramos por aí.
Os demais são jogadores que se entregam e correm o tempo todo, seguindo fielmente a um plano de jogo. E é por isso que a Coreia do Sul está nas oitavas. Porque se trata de uma seleção que nunca desiste, que buscou um 2 a 2 contra Gana e acabou punida no final com o terceiro gol e que acreditou sempre na virada sobre Portugal. Mesmo sem jogar para isso. O Brasil, podem ter certeza, deu sorte. Seria bem mais espinhoso contra Uruguai.