Você que estava em um congestionamento daqueles enroscados de fim de tarde, aqui vai um consolo: assistir ao empate em 0 a 0 do Grêmio com a Chapecoense foi bem pior. O nível técnico da partida fez os 100 minutos de bola, contando os acréscimos, parecerem uma eternidade. A Ipiranga, às 18h, meu caro, foi fichinha.
Pelo menos, o Grêmio empatou e trouxe um ponto da Arena Condá, se manteve sem levar gol e aumentou para 15 o número de jogos sem perder. Olhando para a tabela, o resultado até pode causar uma queda para o quarto lugar, caso Bahia e Vasco vençam.
Mas, no pior dos cenários, seguirá com uma boa margem em relação ao quinto colocado, de cinco pontos. Esse foi o saldo trazido do oeste catarinense nesta imersão ao interior do Brasil de ônibus, numa faceta desta travessia pela Série B.
É claro que a expulsão de Bitello aos 30 minutos mexeu no jogo e colaborou para sua pouca luminosidade. O Grêmio trocou Campaz por Lucas Leiva e fez o que quase sempre os times com um a menos fazem: se fechou em duas linhas de quatro e deixou apenas Diego Souza na frente. Assim, o Grêmio perdeu a capacidade de jogar.
Por outro lado, à Chapecoense faltava a capacidade de jogar. Teve a bola por uma hora e esbarrou em suas limitações. Tanto que Gabriel Grando só fez uma defesa no final, já nos acréscimos. Antes disso, quem teve as melhores chances havia sido o Grêmio. Duas.
Uma com Campaz, que roubou a bola e atravessou o campo em direção ao gol, como um vagão, mas parou no goleiro. Isso antes da expulsão. E outra no começo do segundo tempo, em jogada de futsal de Diego Souza depois de tabelar com Guilherme.
Foi isso, apenas. E o 0 a 0 acabou ficando do tamanho do jogo e bom para todos. A Chape buscava, contra o Grêmio, um ponto na sua luta contra o Z-4.