Foi um empate sem gols e também sem lances empolgantes. Em resumo, o 0 a 0 com o São Luiz foi um jogo mais renhido do que jogado, com mais transpiração do que inspiração. Mas, pelo menos, serviu para Cacique Medina colocar a gurizada a jogar, dar rodagem a eles e um pouco de casca.
O São Luiz é, hoje, um dos times melhores equipados do Interior, está bem organizado pelo técnico Paulo Henrique Marques. O que significou um bom teste para a gurizada do Inter.
Medina levou para o noroeste do Estado um grupo de 19 jogadores, sendo que 12 deles eram sub-21. Mais, apenas cinco dos relacionados não haviam passado pela base do Inter. O torcedor pode observar nomes como Cadorini por quase 70 minutos, Kaique Rocha e PV o tempo inteiro e Keiller de volta, reforçando o que havia mostrado na Chape, de que goleiro está longe de ser uma preocupação.
A noite em Ijuí terminou com mais caras novas e um time com média de idade de 22 anos. Gustavo Maia entrou pelo lado esquerdo aceso, querendo a bola para mostrar serviço. Nicolas, centroavante buscado na base do Santa Cruz, se apresentou. No meio, o esguio e clássico Matheus Dias mostrou-se desenvolto. Até mesmo Lucas Ramos, de poucos minutos em 2020, ganhou sua vez.
Ou seja, se o resultado e a atuação ficaram longe de agradar a torcida no Estádio 19 de Outubro, ao menos serviram para que jovens jogadores ganhassem rodagem e dessem um passo à frente na busca por um lugar ao sol no Beira-Rio. Foram eles e um D'Alessandro jogando com entusiasmo e curtindo até mesmo arremesso lateral que valeram a noite colorada. Claro que qualquer análise mais criteriosa fica comprometida de fazer, e nem deve ser feita, mas muitos desses garotos podem ter começado no calor de Ijuí suas histórias no Inter.