O Inter deu uma amostra de força. O América-MG, embora lhe falte grife, tem organização e um futebol sólido, que mostrou no Beira-Rio na noite desta quarta-feira (13). Não eram acidentais os oito jogos sem perder e a escalada do Z-4 ao meio da tabela. O que explica as dificuldades encontradas no jogo, principalmente, no primeiro tempo, quando cedeu o empate e foi ameaçado pelas investidas de Ademir.
É verdade que o Inter não teve o brilho de outras jornadas. Alguns jogadores estiveram abaixo. Mas é mais verdade ainda que o coletivo mostrou força, que o time soube como desatar os nós. Por isso, chegou ao 3 a 1 e criou mais músculos para lutar por uma vaga no G-4.
O Brasileirão, neste primeiro terço do returno, já definiu quem brigará pelo que no campeonato. O Inter brigará em cima. Segue em sétimo, mas abriu cinco do oitavo e ficou a dois do quarto colocado.
A noite colorada serviu, também, para sinalizar o resgate de um jogador que foi desequilibrante em 2020. Patrick fez dois gols, sendo o primeiro em lance plástico, quase acrobático, e o segundo, de cabeça. Teve atuação destacada como havia tempo os colorados não viam. Ganhá-lo de volta nesta reta final tem matizes de reforço de peso para Diego Aguirre.
É preciso destacar também a boa entrada de Jhonny, algo que vem se repetindo há dois ou três jogos. Em uma função mais avançada, ele equilibrou o time.
Para fechar, não há como não registrar o momento iluminado de Yuri Alberto, que fez o gol quando seria substituído, em lance de oportunismo. Chegou a 11 gols e já é o artilheiro do Brasileirão. O que mostra o quanto os ventos passaram a soprar a favor no Beira-Rio.