Há muitas perguntas ainda a serem respondidas para que se saiba o que de fato nos levou a protagonizar um papelão mundial no domingo (5). Mais um. Receio de que nunca saibamos, ao certo, o que aconteceu até os seis minutos do primeiro tempo de Brasil x Argentina, quando os agentes da Anvisa interromperam o jogo.
Alguns pontos começaram a vir à tona nas 24 horas seguintes. Sim, a AFA e a Conmebol sabiam do impedimento aos quatro jogadores dos clubes ingleses. Foram informadas no sábado, em duas reuniões. E orientadas a pedir regime de excepcionalidade para que eles pudessem jogar. Isso foi feito.
Os argentinos alegam que ficaram no vácuo, à espera de resposta da Casa Civil sobre o pedido de exceção aos atletas. A CBF diz que o Ministério da Saúde negou o pedido. Duas versões, nenhuma definição. Outra: a Anvisa aponta Fernando Ariel Batista como o funcionário da AFA responsável por preencher as declarações de viajante dos jogadores argentinos e omitir a passagem deles pela Inglaterra no período e 14 dias.
Batista, porém, é técnico da sub-20 e da sub-23 da Argentina. E estava em casa, em Buenos Aires. Outra: por que a Polícia Federal demorou tanto a agir e chegou sempre atrasada ao hotel e ao estádio? São questões que precisam ser respondidas. Sinceramente: não sei se serão.