Douglas Costa merece um olhar mais do que especial do Grêmio. Ele é acima dos demais, percebe-se. Quando coloca a bola na frente ou corta para o meio, em busca do espaço para o chute, o adversário fica para trás. Porém, ele só será decisivo se o Grêmio se debruçar sobre ele e fazer uma investigação profunda para descobrir as causas de tantas lesões. Sim, o Bayern, a Juventus e a Seleção nas Eliminatórias e na Copa da Rússia padeceram e não conseguiram descobrir.
Mas ou se faz isso, ou se contenta em tê-lo em alguns jogos e longe da forma ideal. São dois meses de Douglas desde a estreia. Até agora, tivemos apenas lampejos dele e as duas lesões. É pouco para quem veio ser decisivo. Acredito que, ali na frente, ele até conseguirá ser. Mas, para isso, é preciso que os médicos e fisiologistas se sentem com o jogador e repassem ponto por ponto de sua rotina, incluindo alimentação, sono, carga de treinos e tempo de recuperação.
CAMPAZ
A ausência de Douglas Costa abre espaço para uma sequência a Jaminton Campaz. Os primeiros movimentos dele pelo Grêmio, se não mostraram toda sua qualidade, ao menos, exibiram ao torcedor um jogador interessado, aceso. O colombiano entrou, pediu o jogo, buscou a bola e até encarou os jogadores do Flamengo numa confusão envolvendo Vanderson. Isso é altamente positivo. Só que Campaz não pode ser vítima da circunstância. Ele é um meia central que pode jogar pelo lado. Porém, o flanco não é seu lugar.
Entrevistamos, Eduardo Gabardo e eu, o técnico Alexandre Guimarães. Brasileiro radicado na Costa Rica, Guimarães treinou o América de Cali em 2020 e o Atlético Nacional neste ano. Conhece bem Campaz e diz que se trata de uma joia. Porém, alerta: trata-se de um jogador central. Aliás, recomendo a entrevista. Ea vai ao ar na Rádio Gaúcha neste sábado, 13h5min, no programa No Mundo da Copa.