Nem o mais otimista dos colorados imaginaria um domingo (24) tão perfeito para o Inter: vitória de virada de 2 a 1 sobre o Grêmio, com gols aos 44 e aos 52 do segundo tempo, esse de pênalti, fim da série de 11 Gre-Nais sem vencer, alijamento do rival da disputa do título e, o melhor de tudo, uma folga de quatro pontos na liderança do Brasileirão a seis rodadas do final. Ou seja, não há reparo a ser feito pelos colorados deste domingo.
Havia pelo menos duas rodadas que os colorados se policiavam, contendo o otimismo para se assumirem como candidatos ao Brasileirão. Mesmo com o 5 a 1 no São Paulo, mesmo com as sete vitórias seguidas. Mas ainda havia um salto mental a ser dado, uma barreira a vencer: o Gre-Nal. Pois esse passo foi dado. O Inter, a um mês do final do campeonato, é um grande candidato ao título.
Isso foi sedimentado em um clássico eletrizante, principalmente a partir dos 30 minutos do segundo tempo. Até ali, o Inter havia dominado o primeiro tempo inteiro e iniciado o segundo acelerando. Tanto que, aos nove minutos, contava três situações de gol, uma delas na pequena área, com Peglow.
Só que Peglow foi trocado, depois de desperdiçar um contra-ataque. Maurício entrou no seu lugar, e houve um desequilíbrio no time. A partir daí, o Grêmio dominou e chegou ao gol.
Abel, que havia errado a mão na troca de Peglow por Maurício, realinhou o time com Abel Hernández, Marcos Guilherme e Nonato.
A partir daí, se desenhou o desfecho de um clássico histórico. O gol de empate veio aos 44, com Abel. O empate já era algo a ser comemorado pelas circunstâncias do jogo. Mas veio mais. Kannemann tocou com o braço na bola dentro da área, aos 49. Pênalti e gol. O gol do domingo perfeito do Inter, o gol que faz a perspectiva de ganhar o Brasileirão sair do campo dos sonhos e começar a se cristalizar no horizonte.