Pode ser o jogo da retomada do Inter, aquele que tenha efeito de plugar o time na tomada outra vez. Mas o jogo de ida contra o Boca também pode ser aquele capaz de estremecer um vestiário já atordoado pelas mudanças ocorridas nos últimos dois meses. O fato é que esse confronto desnudará o que o torcedor pode esperar desse Inter neste dezembro.
O calendário sacudido pela pandemia fez desses dias pré-Natal e Reveillon uma encruzilhada na temporada. Na Libertadores, os semifinalistas serão definidos, no caso desse confronto, até dia 23. No Brasileirão, depois da virada do ano, restarão 10 rodadas a serem disputadas. Por isso, esse jogo de quarta-feira (2) ganhou transcendência.
Abel Braga já tentou aproximar o time, pelo menos em parte do posicionamento, àquela ideia adotada por Coudet. Galhardo ganhou um parceiro na frente e os meio-campistas atuaram em formado de losango. É pouco. Será preciso resgatar ainda a ideia básica daquele time, com marcação alta, pressão sobre o adversário desde a saída da defesa e, principalmente, engajamento de todos, com energia e disposição a pleno. Isso, aliás, tem feito muita falta.