As primeiras reuniões já começam a esboçar o que será o Inter a partir de 4 de janeiro, quando Alessandro Barcellos toma posse. O técnico está acertado. É Miguel Ángel Ramírez. Falta apenas a oficialização. Só uma reviravolta o tira do caminho de Porto Alegre.
No fim de semana, ele se despede do Independiente del Valle em jogo pela última rodada da Liga Pro, como é chamado o Equatorianão. O del Valle enfrentará o Macará. A ideia é tê-lo em Porto Alegre logo depois da virada do ano. Claro que os próximos dias ainda serão decisivos para definir como se dará a transição de Abel Braga para o espanhol.
Ramírez encontrará no CT do Parque Gigante um novo modelo na gestão do futebol do Inter. A figura do vice de futebol seguirá existindo, mas terá bem menos poderes do que tradicionalmente se delega a essa figura no futebol gaúcho. Esse dirigente político será o enlace entre o vestiário e o Conselho de Gestão e será responsável por acompanhar e referendar a execução do plano estratégico do clube no futebol. A caneta no departamento ficará a cargo do diretor executivo, que se reportará a um CEO, uma figura que será retomada no organograma do Inter.
Entre Ramírez e esse executivo estará outra figura nova no ecossistema colorado. O projeto que elegeu Barcellos prevê a contratação de um diretor técnico. Pedrinho, ex-meia do Vasco e atualmente comentarista do Sportv, é o nome preferido. Uma consulta a ele já foi feita. Esse é um nome que agrada demais os novos dirigentes do Inter, pelo pacote completo que traz em seu currículo.
Além de ter sido jogador, Pedrinho fez cursos de gestão, de análise de desempenho e de treinador. Chegou a trabalhar como auxiliar de Deivid o Cruzeiro e Felipe, seu amigo de infância e de Vasco, no Tigres, do Rio. Tudo isso está sendo conduzido por Alessandro e um grupo reduzido de conselheiros. Aliás, sairá desse grupo o nome do vice de futebol. Que, a partir de 4 de janeiro, será menos importante do que o projeto estabelecido pelo clube.
Gigantinho
O Inter pretende definir a questão do Gigantinho ainda neste ano. O presidente Marcelo Medeiros enviou nesta quinta-feira (17) novo ofício à presidência do Conselho Deliberativo, solicitando que ocorra na sessão de 28 de dezembro a votação sobre a parceria de 20 anos com o consórcio Opus/DC7.
O receio de Medeiros é de que, caso o acordo não seja apreciado pelos conselheiros ainda em 2020, as duas produtoras desistam do negócio. Opus e a DC7 foram as vencedoras na concorrência aberta pelo clube em julho do ano passado. Medeiros revela que o oficio reforça outro que havia sido enviado no dia 7 de dezembro, quando a presidência estava com Lenize Doval, que ocupou o cargo de forma interina até quarta-feira (16).
Lenize já enviou aos conselheiros, inclusive, o dossiê com todas as informações relativas à parceria para gestão do ginásio. O contrato prevê ganhos de luvas e participação nos lucros, além receita em caso da venda dos naming rights.