Por um minuto, a noite foi luxuosa para o Inter no Allianz Parque. Mas, também, da forma como acabou, ficou de ótimo tamanho. Embora o sabor amargo, por ter feito um gol aos 47, em pênalti convertido por Galhardo, e ter levado o empate no minuto seguinte, em cabeceio de Luiz Adriano.
Coudet decidiu preservar titulares importantes, como Edenilson, Boschilia, Galhardo e Saravia, e mandou a campo a gurizada, uma reivindicação da torcida. Johnny foi o volante e Praxedes e Nonato formaram a linha de três com Patrick, um dos quatro titulares mandados a campo. Na frente, ainda havia Sarrafiore, como atacante avançado.
O que poderia ser uma temeridade mostrou que há trabalho sendo muito bem conduzido. Quando um técnico coloca em campo uma equipe com sete reservas e o padrão de jogo segue intacto, é um sinal muito positivo. A equipe alternativa controlou o jogo, teve a bola e o predomínio no meio-campo e fez um enfrentamento direto com um Palmeiras repleto de opções e possibilidades de variações que Vanderlei Luxemburgo não consegue usar a pleno.
Jhonny e Praxedes, principalmente, mostraram estofo para se credenciar como alternativas para Coudet. Principalmente, Jhonny, que passou por um trabalho de fortalecimento físico e jogou sem assombro, iniciando as jogadas e marcando de cima Lucas Lima, Luiz Adriano e Zé Rafael, que formavam a linha ofensiva do Palmeiras.
Coudet pensou bem o jogo, buscando controlar e minimizar risco no primeiro tempo e lançando Edenilson, Boschilia e Galhardo no segundo tempo, para buscar os três pontos.
Quase que teve êxito total, não fosse o vacilo no lance seguinte ao gol. Mas, feita a contabilidade da noite, o saldo foi extremamente positivo, com o ponto ganho, a liderança mantida e a afirmação de dois garotos de muito futuro.