Acabou a quarentena da melhor versão do Inter de Coudet. Com uma atuação de alto nível e com todos itens da ideia de jogo do técnico cumpridos, o time venceu o Santos por 2 a 0. O resultado, embora satisfatório, ficou longe de traduzir a superioridade em campo.
Foram dois gols, mas não seria exagero se tivessem sido três ou quatro. Porque a produção ofensiva proporcionou outras cinco oportunidades claras de gol — uma delas, com Galhardo desperdiçando sob a trave.
Coudet fez mudanças no time que surtiram resultado. Edenilson voltou ao lado direito na linha de três, Boschilia se encontrou como meia central e Lindoso, atuando à frente dos zagueiros e não numa linha recuada, como faz Musto, se juntou ao bloco ofensivo.
Se bem que a marcação elevada, roubando a bola do Santos na sua intermediária de defesa, desobrigou Lindoso de recuar. Tanto que, no primeiro tempo, pouco se viu o Inter construindo desde a defesa. A armação se dava na pressão sobre o adversário e na saída rápida depois de recuperar a bola em transição vertical na direção do gol.
O melhor conjunto e a evolução apresentada sete jogos depois da quarentena fizeram com que algumas individualidades aparecessem. Saravia, em seu sétimo jogo no ano, deu sinais do lateral de seleção buscado na Europa.
Edenilson, autor de um golaço em que começou e terminou a jogada, foi outro destaque, além daqueles habituais, como Galhardo e Guerrero, cuja dobradinha rendeu mais um gol. Em resumo, o Inter aquele do Gre-Nal da Arena e do jogo contra Universidad Católica deu as caras e mostrou que, em futebol, o tempo é o senhor da razão.