
Foi assustadora a classificação do Grêmio no 4 a 3 sobre o Novo Hamburgo. Pela forma burocrática como atuou, pelo ar de desinteresse com que jogou e, principalmente, pela desconexão com o jogo que tiveram algumas figuras centrais.
O Grêmio avança, mas deixa muitas perguntas para Renato responder até o Gre-Nal de quarta-feira. É preciso até lá buscar uma forma de encontrar caminhos que tornem o time mais aceso e menos previsível. Aquela ideia de que Everton desatava os nós, em vigor até a virada do ano, se perdeu e um sucesso nesta hora decisiva do Gauchão é fundamental.
Everton parece estar em outra dimensão. Falta-lhe aquele sentido vertical em direção ao gol. Mesmo assim, pela sua categoria superior, ele segue contribuindo. Neste domingo, deu assistência e ainda participou de outros dois gols.
Mas, dele, sempre se espera mais. Jean Pyerre, com a bola no pé, enche os olhos. Mas precisa plugar-se mais no jogo e ter bem mais fome de bola. Renato precisará resgatar o melhor desses dois jogadores e ainda ajustar um time que foi previsível em sua construção ofensiva.
O Gre-Nal é daqueles jogos com poder de acordar qualquer jogador e extrair dele o melhor. Porém, isso precisa vir acompanhado de uma melhora no sentido coletivo e de uma aceleração na forma de jogar.
O Novo Hamburgo, muito bem estruturado pelo técnico Márcio Nunes e com os jogadores bem cientes do que deveriam fazer em campo, talvez tenha dado ao Grêmio a chacoalhada de que necessitava antes de mais um Gre-Nal.