Não descartem a ideia de jogo único na final do Gauchão. Essa pode ser uma ideia colocada para os clubes diante do prazo exíguo para finalizar campeonato antes do Brasileirão, previsto para se iniciar no dia 9 de agosto.
O governador Eduardo Leite autorizou a retomada do Estadual para o dia 23. O que é uma liberação que superou a perspectiva mais otimista da FGF, que já via o dia 26 como motivo para comemoração.
No cenário atual, três dias valem ouro. Até porque o calendário da CBF anunciado nesta quinta-feira ocupou todas as três últimas quartas-feiras de agosto, sendo apenas a terceira delas destinada à Copa do Brasil. Ou seja, o Gauchão terá de, obrigatoriamente, acabar antes do Brasileirão.
Para isso, será necessário fazer alguns ajustes para que as sete datas restantes ocupem espaço onde, no velho normal, cabiam cinco. Pode ser que o campeonato tenha mais cinco datas, caso o Caxias ganhe o returno, mas isso só se saberá depois da tabela pronta.
O caminho para se fazer essa mágica de usar sete datas em cinco deve exigir alguns improvisos. O primeiro deles é de que, dificilmente, não teremos jogos a cada 48 horas em algum momento desta reta final. Usando desse expediente na fase classificatória, ela seria liquidada em quatro dias, com as três últimas rodadas entre os dias 23 e 28. Começaria numa quinta e terminaria numa terça-feira. No dia 30, quinta, e no fim de semana, 1º ou 2 de agosto, se definiria o campeão do returno, com a disputa das semifinais e da final.
Nessa projeção de calendário, restaria a quarta-feira, dia 5, para que se conheça o novo campeão gaúcho. Porém, a ideia de jogo único numa possível final dependeria de aprovação por unanimidade dos 12 clubes. Como os jogos serão disputados sem torcida, o aspecto local perde muito da validade. Uma saída seria definir o endereço da final antes dessa retomada.
Por sorteio ou mesmo por votação. São ideias que ainda estão em fase de estudo. Mas, para que o Gauchão, enfim, seja finalizado, nada deve ser descartado ou deixado de ser levado à discussão.