Caio Henrique é esperado no Wanda Metropolitano a partir do final de junho. Voltará ao Atlético de Madrid com uma primeira e urgente missão: convencer Diego Simeone de que pode fazer parte do grupo na temporada 2020/2021. Não será tarefa fácil.
O padrão de exigência do técnico argentino com defensores é elevadíssimo. Tanto que o histórico recente de quem acabou convencendo-o mostra que isso exigiu tempo. Os laterais-direitos Arias, colombiano, e Vrsaljko, croata, o zagueiro uruguaio Giménez e o brasileiro Felipe levaram algum tempo até se firmar.
O retorno de Caio Henrique ao Atlético é motivado por um misto de reconhecimento à sua evolução no Brasil e as dificuldades econômicas do clube. A única posição na qual Simeone carece de reserva é justamente a lateral-esquerda. Só que sair ao mercado na próxima janela se tornou quase proibitivo, me escreve por e-mail o repórter Jorge García Hernández, setorista do diário As, de Madri.
A pandemia atingiu em cheio as contas do clube, ao ponto de ele acionar o ERTE, programa disponibilizado pelo governo para pagar salários de funcionários. Por isso, a direção quer que Simeone confira de perto se o melhor lateral-esquerdo do Brasileirão de 2019 e titular da seleção brasileira pré-olímpica pode ser uma alternativa em seu grupo.
Porém, o argentino tem ressalvas a Caio Henrique. Eliminá-las será o primeiro passo do jogador que desembarcou em Porto Alegre em fevereiro como solução do Grêmio para a posição e se foi depois de mal ter se apresentado aos torcedores.