
A atuação contra o Atlético Grau foi assustadora. Alguns pontos acima do que havíamos visto contra Godoy Cruz, CSA e mesmo o Santos, apesar da primeira vitória. Há um modelo de jogo claro com Mano Menezes, e ele foi buscado pela direção para estabilizar o time e fazer, assim, caminhada segura no Brasileirão que permita beliscar algo nas Copas.
Porém, o modelo será o mesmo contra um time como o Grau e o Palmeiras, com as dificuldades que cada um vai impor.
Depois do empate no Peru, Mano, lá no final da entrevista, admitiu que será dessa forma até a parada de junho e mandou o recado de que espera mudanças nesse período. Tanto na evolução do trabalho, com o tempo para treinar, quanto de nomes no grupo.
O técnico percebeu o que todos já viram. Há um grupo desequilibrado, com excessos em algumas posições e carências em outras. Há, por exemplo, três laterais para cada lado e faltam zagueiros destros.
Cuéllar, a seguir nesse ritmo, talvez não seja neste ano o camisa 5 projetado quando a direção o buscou na Arábia. Camilo, por sua vez, sobra em esforço, mas tem dificuldades na construção. Os meias, até agora, mostram dificuldades em acoplar-se nesse jogo mais direto.
Os centroavantes não são pivô, como gosta Mano. As extremas oferecem quatro nomes, mas Mano costuma usar um meia do lado, não dois velocistas.
Expectativa para junho
Mano, em sua resposta, projeta que o Brasileirão será outro depois da parada, com as fotografias das equipes bem diferentes ("E esperamos que o Grêmio esteja bem diferente", complementou ele). O ponto é que, assim como para contratar há custo, mandar jogadores adiante também.
Os dirigentes e o executivo do futebol precisam começar a trabalhar desde já nessa mudança de fotografia. Principalmente, na gestão do número de jogos de alguns, para não perder o mercado da Série A. Enquanto eles cuidam disso, Mano tentará levar o barco até junho. Evitando o máximo de sustos.
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