Concordo que ele não andava tão bem como se esperava. Antes de o coronavírus nos encerrar em casa, suas atuações não andavam animadoras. Mas era só o começo de sua trajetória no Grêmio.
Com 21 anos, tinha um caminho bom a trilhar. A própria exigência de Diego Simeone, ao pedir sua volta ao Atlético, de Madrid, indica que se trata de alguém melhor, por exemplo, do que o limitado Bruno Cortez.
Mas não é só por isso que Caio Henrique fará falta. A questão é a pandemia. A Fifa ampliou de três para cinco as substituições porque, após 90 dias sem atuar, o desgate será inevitável. E as lesões em série também, como já estamos presenciando na Bundesliga.
Ou seja: ter elenco será decisivo em 2020. Flamengo e Palmeiras sobram neste quesito. São times que podem mexer no time sem queda alguma de rendimento, e isso será chave no pós-pandemia.
O Grêmio está perdendo, mesmo sem culpa alguma, uma ótima alternativa nesse sentido, especialmente na comparação com dois adversários fortes na temporada, que são Flamengo e Palmeiras.
Caio Henrique fará falta, sim, por mais guerreiro e eficiente que seja Bruno Cortez. A pandemia fez o Grêmio regressar uma casa na formação de time.