
Foi uma estreia e tanto. Pelo 3 a 0, pela arrancada segura, com saldo, algo importante em um grupo que promete ser equilibrado, e, principalmente, pela atuação. O Inter prometido por Eduardo Coudet desde que desembarcou em Porto Alegre deu as caras e amassou a Universidad Católica.
Repetiu em tempo integral o que havia feito por 26 minutos contra o Tolima. Muito pela decisão do argentino de soltar o freio do time, com a entrada de Marcos Guilherme no lugar de Lindoso. Os mais de 35 mil colorados no Beira-Rio viram um time agressivo na marcação, postado no campo do adversário e tonteando-o com uma pressão desde a saída de trás.
Pelos lados, Rodinei, principalmente, e Uendel foram agudos. Marcos Guilherme e Boschilia aceleraram pelos corredores. Edenilson, como meia central, transitou por todos os setores. Essa movimentação fez com que Guerrero e Galhardo jamais estivessem desabastecidos.
A produção do time está cristalizada nos números. Foram 14 arremates no primeiro tempo e uma apreensão pela ausência do gol. Na segunda etapa, foram mais 12, sendo metade delas no gol e a construção do 3 a 0, com uma atuação de luxo de Guerrero. O peruano fez o primeiro, de falta, o segundo, surgido em bola passada por Galhardo, e ainda deu assistência para Marcos Guilherme fazer o terceiro.
A noite vermelha foi tão especial que deu tempo até para Coudet lançar Praxedes, a joia de 18 anos que ele pretende lapidar para ser o centro criativo do time logo ali adiante. O que mostra que, mais do que estrear vencendo, a goleada na Universidad Católica simbolizou a segunda onda da Era Coudet no Beira-Rio.